Diretores, professores e pais de alunos da rede particular de Pará de Minas se mobilizaram num protestos em nome da aprovação dos protocolos de segurança para a volta às aulas presenciais.
Eles participaram de uma carreata na manhã do último sábado, em unidade com o Movimento Escolas Abertas, que promoveu eventos semelhantes em várias partes do país, numa mobilização nacional, envolvendo diretores, grupos de pais, estudantes e pediatras.
Por aqui a carreata saiu do estacionamento da Escola Estadual Fernando Otávio, passou por várias ruas da cidade e se dispersou após um ato em frente à Prefeitura de Pará de Minas, na praça Afonso Pena.
Chamou atenção de quem circulava pela cidade, o buzinaço dos participantes e também o carro de som que puxava a fila, informando o motivo da manifestação.
Um dos líderes do movimento na cidade é o diretor do Colégio Losango, Marcos Francisco Marques, o Marcão. Ele conversou conosco sobre a pauta de reivindicações.
A diretora do Colégio Apogeu, Cristina Vasconcelos, também demonstrou apoio ao movimento e defendeu que a escola é lugar de conscientização, e que o retorno dos alunos pode ajudar, inclusive, no combate ao novo coronavírus.
Posicionamento semelhante tem o professor de biologia, Marcelo Bechtlufft, que entende que a presença é peça primordial no processo de educação.
Também participaram da carreata vários pais de alunos e profissionais da saúde, como o caso da médica pediatra Mariana Boaventura. Ela reforçou sobre a importância de se aprovar bons protocolos de segurança para as escolas. Doutora Mariana também comentou sobre estudos que garantem que o retorno das aulas não significará o agravamento da pandemia.
Quanto aos protocolos, escolas já apresentaram à Prefeitura algumas propostas, mas ainda obtiveram qualquer retorno. De acordo com a diretora da Escola Estação do Saber, Fernanda Faria, tanto Minas Gerais quanto o município de Pará de Minas seguem muito devagar, em relação a outros estados na retomada da educação.
A expectativa dela é que, após este protesto, as autoridades municipais insiram a educação no rol das atividades essenciais, e que os protocolos para o retorno às salas de aula sejam avaliados. Ela chama atenção para uma reunião, marcada para quarta-feira, dia 20, quando o tema voltará a ser abordado.
Fernanda cita o mês de fevereiro porque diferente das escolas públicas, que só fecharão o ano letivo de 2020 agora, no final de janeiro, a rede particular conseguiu encerrar os conteúdos em dezembro, com isso as aulas de 2021 já devem voltar no próximo mês.
Fotos e Vídeo: Eduardo Franco/Rádio Santa Cruz FM