Mesmo acostumado ao sobe e desce nos sacolões de hortifrutis, o consumidor está tomando um susto atrás do outro agora em janeiro. Na comparação com o mesmo período de anos anteriores, este mês está batendo todos os recordes de preços.
Tem mercadoria que já subiu 150%, caso do chuchu, que está sendo vendido a quase R$10,00 o quilo. Quem diria! Na época em que a violência era menor e os muros que dividiam as casas eram baixos, as parreiras de chuchu se espalhavam rapidamente pela vizinhança e ninguém precisava comprar.
Mas os vilões desta semana são outros. A cenoura vermelha está sendo vendida a quase R$13,00. A batata graúda está batendo na casa dos R$10,00. O cará então, nem se fala – R$11,90 o quilo. As frutas também subiram muito. Ninguém pode mais brincar com aquela velha expressão “a preço de banana”, porque o quilo dela – dependendo da espécie – é de quase R$10.00.
O problema é só de Pará de Minas? Não, pois a situação se repete em todo o estado de Minas Gerais e em vários estados brasileiros. A culpa é do calor extremo e do excesso de chuvas em várias regiões. São situações comuns, que se repetem ao longo dos anos, mas é que desta vez até quem está habituado a isso não esconde a surpresa, caso dos próprios comerciantes.
O Jornal da Manhã conversou com Reginaldo Vasconcelos, que tem mais de 30 anos de experiência no ramo:
A dificuldade de colheita de certos produtos e até mesmo do transporte também pesam na conta:
Mas o cenário pode mudar? A expectativa de Reginaldo é que isso aconteça dentro de alguns dias:
Mas enquanto isso não acontece, o consumidor terá que continuar driblando os desafios do cardápio no dia a dia, porque nervosismo a esta altura só complica a situação. Nas farmácias, os remédios estão caros demais e a receita da horta também fugiu dos limites. O quilo do maracujá azedo, por exemplo, subiu para R$ 24,90. Já fazer do limão uma boa limonada está mais fácil, com ele sendo vendido a R$2,99 o quilo.
