Ainda assustada com o preço dos alimentos que compõem a cesta básica, caso do feijão, arroz e do óleo, a população paraminense tem usado da criatividade para manter a qualidade nutricional, sem inflacionar o orçamento. A disparada do arroz nas gôndolas dos supermercados esteve entre os principais assuntos da semana.
Em Pará de Minas, o pacote de 5 quilos está sendo vendido em torno de R$27,00. Já nos grandes centros, passou dos R$35,00. O salto foi sentido em todo o país, já que a oferta do produto não está conseguindo acompanhar a demanda interna e externa. Os supermercadistas estão trabalhando com margem mínima de lucro para não prejudicar os consumidores, pois esses alimentos são tradicionais e, para muitos, indispensáveis no prato.
Ainda assim, os valores estão elevados e acabam refletindo nos custos da alimentação. Para tentar driblar esse obstáculo, alguns consumidores apostam em alternativas de alimentos e até mesmo nas refeições fora de casa. Almoçar em restaurantes pode parecer sem sentido nesse momento, mas boas surpresas acontecem. Um exemplo está na Churrascaria Nogueira, na avenida Presidente Vargas.
O proprietário Luiz Carlos dos Reis percebeu um crescimento no movimento nesses últimos dias e isso aconteceu exatamente pela disparada dos preços dos alimentos:
Apesar do bom momento de vendas, Luiz Carlos lamenta a disparada dos preços e já está preocupado porque não sabe até quando vai conseguir segurar os preços na churrascaria:
A mesma realidade é vivida por Maria Salete, proprietária do Restaurante Vovó Salete. Ela também não reajustou os valores do marmitex, mas não descarta essa possibilidade diante do aumento do preço do arroz, feijão e de outros ingredientes tradicionais da nossa culinária.
A boa notícia é a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que o preço do arroz deve cair em médio prazo por causa da busca do produto importado. Segundo anunciado pelo Governo Federal, a Câmara de Comércio Exterior zerou a alíquota de importação de uma cota de 400 mil toneladas de arroz até o fim do ano. A decisão pode contribuir para a provável perda de sustentação dos preços. A pergunta que fica é: quando essa estabilidade chegará, de fato, ao consumidor?
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM