Os noticiários nacionais estão destacando o método inédito criado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para diagnosticar o coronavírus e outras doença virais, como dengue e zika. O grupo, formado por integrantes dos departamentos de Física e Microbiologia da UFMG, anunciou que a descoberta utiliza inteligência artificial.
E a notícia foi recebida ainda com mais entusiasmo pela população de Pará de Minas, porque um dos pesquisadores é da cidade. Trata-se de Paulo Henrique Amaral (à esquerda, na foto). Doutor na área de Física Atômica Molecular Teórica, com ênfase em Métodos Computacionais. Hoje ele faz Residência Pós-autoral, contribuindo com as pesquisas da UFMG.
Paulo Henrique participa do experimento com os pesquisadores Lídia Andrade e Juan González. Falando ao Jornal da Manhã ele informou que o material é coletado por um método chamado “swab nasal”, conhecido também como orofaringe. É uma espécie de cotonete comprido, esfregado dentro do nariz ou na garganta do paciente, para recolher células. O material utilizado é especial, estéril e não solta fibras.
Segundo Paulo Henrique, a plataforma foi batizada com o nome de PoLiVirUS e funciona por meio da comparação entre células infectadas e amostras não infectadas. A coleta é feita da mesma forma que o exame PCR:
Os experimentos começaram antes da pandemia da Covid-19 e se intensificaram com ela:
Os pesquisadores já fizeram o pedido de patente do trabalho. A partir de agora, a pesquisa passa pelas etapas de aprimoramento, validação e certificação da metodologia, mas o andamento dessas etapas depende muito do financiamento.
A plataforma recebeu aporte de R$149 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Minas Gerais (Fapemig), mas esse recurso é insuficiente para a conclusão dos trabalhos. Por isso, os pesquisadores reforçam a importância de receberem mais financiamento, seja do setor público ou da iniciativa privada.
E para quem não conhece o paraminense Paulo Henrique Amaral, ele se tornou conhecido na cidade como tecladista de várias bandas, entre elas Marcos Paulo e Marcelo e Scarpelli e Jonatas. Atualmente, quase sem tempo para manter o hobby, mesmo assim participa dos eventos religiosos na cidade ligados ao movimento da Renovação Carismática Cristã.
Foto: Arquivo/Pessoal