Rádio Santa Cruz - FM

PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Mercado financeiro na expectativa da redução da Selic na próxima reunião do Copom

Highslide JS

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central voltará a se reunir na próxima semana, nos dias 2 e 3 de maio, para discutir a nova taxa básica de juros, a Selic. Referência para os demais juros da economia nacional, a Selic é uma das ferramentas do Banco Central para controlar a inflação no país. Quando a taxa está baixa, barateia o crédito e estimula o consumo, e quando está alta busca o movimento inverso: encarece a tomada de crédito e freia o consumo.

Na última reunião do Copom, no final de março, a Selic foi mantida em 13,75% ao ano, índice considerado elevado. A decisão era esperada por analistas do mercado financeiro, mas não foi bem aceita no Governo Federal, recebendo críticas por parte de ministros e até do presidente Lula, sob argumentos de que a população não pode mais conviver com juros altos.

De acordo com o economista Ruperto Vega, a análise do Banco Central, órgão que tem autonomia para decidir sobre a Selic, é totalmente técnica e leva em consideração fatores como evolução e perspectivas das economias brasileira e mundial, das condições de liquidez e do comportamento dos mercados. 

Por outro lado, Ruperto diz que o governo está preocupado com a queda do poder de consumo das famílias, alto endividamento e os reflexos que os juros altos podem causar na cadeia produtiva. Questionado pelo Jornal da Manhã se há um ponto de equilíbrio, o economista foi taxativo “é preciso entender como o jogo funciona”.

Para quem pretende ou precisa consumir neste período de crédito com juros elevados, Ruperto Vega dá uma dica para amenizar o impacto no orçamento e fazer com que o custo seja viável.

Com relação ao endividamento, que chegou a mais de 77% da população, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o economista afirmou que os juros altos não são boa notícia. 

Mas isso não significa impossibilidade no pagamento das contas. Ruperto recomenda que as famílias endividadas procurem informações junto às instituições financeiras para encontrar opções de crédito mais em conta, possibilitando a redução da parcela e, quem sabe, até dos juros. 

A expectativa é que o Copom reduza a selic na reunião da próxima semana. No último levantamento do Boletim Focus, do Banco Central, houve projeção de queda da taxa básica de juros para 2023, de 12,75% para 12,50%. O órgão também estima que a inflação terminará o ano em 6,01% ante 5,98% da última projeção. Após a reunião de maio, o Copom ainda se reunirá mais cinco vezes ao longo do ano. 

Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM






RECEBA NOVIDADES

Cadastre-se e Receba no seu email as últimas novidades do mundo contábil.

Siga-nos

© Copyright - 2018 - Todos os direitos reservados - Atualizações Rádio Santa Cruz FM. Desenvolvido por:Agência Treis