A declaração recente da cantora Maiara, da dupla Maiara e Maraíse, de que nunca foi tão feliz como agora, pesando apenas 45 quilos, provocou aumento na busca pelo medicamento Ozempic, que é indicado para tratar diabetes tipo 2, mas usado também para auxiliar na perda de peso.
Especialistas se mostram muito preocupados com o que eles chamam de epidemia do culto à magreza, e confirmam que a busca pelo ozempic cresceu 300%. Segundo os médicos, quando a busca pela magreza impacta o bem-estar físico, emocional e social, os resultados são bastante negativos.
O Ozempiq, que foi um dos medicamentos ingeridos pela cantora, de fato, emagrece. Mas também provoca efeitos negativos, sendo um deles a desproporcionalidade da cabeça em relação ao corpo, causada pela perda de massa muscular.
Outro problema apontado pelos especialistas é a regra do mínimo esforço, uma vez que muitos pacientes preferem ingerir medicamentos a controlar a alimentação ou mesmo investir nas atividades físicas.
O Jornal da Manhã conversou a respeito com o personal trainer Rafael Almeida Pereira e ele também citou os prejuízos para a saúde de quem recorre a medicamentos para emagrecer. Rafael garante que a receita para chegar ao peso ideal é uma dieta saudável e muita movimentação corporal:
Muito além do Ozempic, o uso de medicamentos no processo de emagrecimento não é recente. A preocupação com os remédios milagrosos é grande, principalmente nos casos de automedicação e uso de produtos considerados “naturais”, mas que chegam a causar dependência.
O uso de medicação para emagrecer só é recomendado nos casos graves de obesidade, como forma de evitar que a condição evolua e diminua as chances de o paciente desenvolver outras doenças. No entanto, mesmo nesses casos o uso deve ser avaliado por um médico e a indicação é de que o consumo da substância seja acompanhado pela mudança no estilo de vida.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa Reprodução HeungSoon (pixabay.com)
