Em franco crescimento no país, a criação de búfalos, também conhecida como bubalinocultura, tem chamado atenção dos produtores rurais de Pará de Minas e cidades vizinhas.
Os búfalos são originários da Ásia e chegaram ao Brasil no final do século 19. Atualmente, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), o estado do Pará concentra a maior parte da produção nacional, de cerca de três milhões de cabeças. Na região de Pará de Minas, segundo números do escritório seccional do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), são mais de quatro mil cabeças de animais.
Embora exijam um manejo diferente de outros ruminantes, os búfalos apresentam características que fazem da produção um mercado promissor. Além do temperamento dócil com o produtor, eles registram boa produção de leite e de carne.
No caso do leite, de acordo com informações da Embrapa, o búfalo tem uma habilidade para converter forragens de baixa qualidade em um alimento altamente qualificado. Na comparação com o leite de vaca, tem mais proteínas, é mais rico em cálcio e em ferro.
Além disso, tem vida produtiva longa, já que uma fêmea saudável pode ter de nove a dez lactações. Em média, um búfalo produz de 7 a 11 litros por dia. A carne também é outro ponto positivo, pois apresenta menos colesterol e calorias e mais proteínas.
Diante dessas características, há dois anos o produtor Paulo André, o popular Padé, decidiu investir na criação de búfalos em sua fazenda, localizada em São José da Varginha.
Padé tem cerca de 500 cabeças e diz que está satisfeito com os resultados:
Ainda de acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos, a bubalinocultura cresce, aproximadamente, 12% ao ano no Brasil. Apesar de se apresentar como um negócio promissor, a criação requer cuidados e planejamentos, já que o manejo tem critérios distintos de outros animais. Entidades representantes dos produtores de leite estão preocupadas com a importação dos produtos lácteos do Mercosul, situação que elas classificam como concorrência desleal.
