Antes usado apenas para ligações, o celular se tornou um item essencial na era das conexões, principalmente após a pandemia de covid-19, que acelerou a adesão do brasileiro ao mundo digital.
O bom momento é traduzido em números pelo mercado nacional. Levantamento da consultoria IDC mostra que as vendas de celulares no Brasil subiram mais de 3% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021.
Foram mais de 11 milhões de unidades comercializadas nas lojas físicas e digitais. Em termos de receita, o setor teve um acréscimo de 14% em relação ao ano passado, movimentando R$ 17 bilhões. E quem também está surfando nesta boa maré são as lojas especializadas na venda de acessórios de celulares, já que elas também se tornaram indispensáveis.
Suporte de mesa, fones de ouvido, carregadores, capas e outros produtos tiveram procura acentuada nos últimos dois anos, segundo informou ao JM o empresário Álvaro Alves, proprietário da rede Líder Capas.
O empreendimento dele é uma prova do bom momento. Álvaro entrou na pandemia com 22 lojas espalhadas pelo estado e, diante da alta procura e das oportunidades de mercado, hoje já tem 61 unidades, incluindo uma em São Paulo.
Segundo o empresário, além do crescimento das vendas de smartphones, o mercado também segue as tendências das redes sociais, que são plataformas que ditam o comportamento de boa parte do consumidor.
Ainda sobre a influência das redes sociais em seu segmento de vendas, Álvaro destaca o uso das capinhas de celulares, que agora passam a ter uma conotação mais voltada para a moda e não exclusivamente de proteção aos aparelhos.
Mesmo com o fim do auge da pandemia, que manteve mais pessoas em casa, Álvaro acredita que as lives e o trabalho home-office vieram para ficar. Por isso, a expectativa dele é que o consumo dos acessórios de celulares continue aquecido, sobretudo com a Black Friday e o Natal que vem por aí.
