Oficialmente a campanha eleitoral só começou no último domingo e mesmo assim pelas redes sociais, já que no rádio e na tv o prazo só começa a valer a partir de 8 de outubro.
Mas para o Ministério Público a campanha já vem dando muito trabalho desde a fase inicial das pré-candidaturas, diante do crescimento das denúncias contra irregularidades.
O resultado disso aparece no volume de trabalho dos promotores eleitorais, que precisam analisar a situação dentro dos prazos definidos pela Justiça Eleitoral e eles são muito curtos.
Na Comarca de Pará de Minas, por exemplo, o promotor eleitoral Renato Vasconcelos está sendo forçado a fazer muitos plantões para dar conta da demanda. Entre as várias denúncias que ele vem recebendo a compra de votos é uma das mais acentuadas.
O promotor alerta os candidatos e os próprios eleitores a respeito dessa prática criminosa. Doações de cestas básicas, pagamentos de contas de água e luz e outros benefícios são totalmente proibidos nessa época.
Como a retração da economia diminuiu o poder aquisitivo dos trabalhadores, muitos estão recorrendo aos políticos. Mas o promotor Renato Vasconcelos alerta que, em hipótese alguma, eles devem ceder aos apelos:
Pará de Minas tem sete candidatos a prefeito e quase trezentos na disputa das 17 cadeiras da Câmara Municipal. Já no Brasil, o TSE registrou 517.786 solicitações de candidatos para as eleições de 15 de novembro. Esse número é bem maior que as eleições de 2016. Os dados do TSE mostram ainda que os homens são a maioria dos candidatos. Um terço dos postulantes tem entre 40 e 49 anos de idade.
Fotos: Arquivo Rádio Santa Cruz FM