A ameaça de mais uma paralisação dos tanqueiros, que são os motoristas que fazem o transporte de combustíveis, fez com que muita gente corresse até os postos no fim de semana para encher o tanque, temendo o desabastecimento.Boa parte dos motoristas precisou mexer na reserva financeira para dar conta deste desafio, dada à alta do preço da gasolina e também do álcool.
Mas quem definitivamente não quer mais encher o tanque são os caminhoneiros e outros condutores de veículos movidos a diesel. Com o combustível passando dos R$7,20 ficou complicado para esta classe se manter em circulação.
Nossa reportagem conversou com o caminhoneiro Erivaldo Mendes, transportador de gás. Ele precisou completar o tanque para fazer as entregas desta semana, mas admitiu que está difícil fechar as contas.
O drama vivido por Erivaldo e grande parte dos motoristas é o que provocou a expectativa da paralisação anunciada pelo Sindicato dos Transportadores de Combustíveis Derivados do Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG).
Mas no fim de semana a entidade voltou atrás, suspendendo o movimento grevista que protestava pelo aumento de quase 9% do diesel anunciado pela Petrobrás. A categoria decidiu dar 30 dias de prazo para que a estatal explique a atual política de preços e sugira mudanças em relação à cobrança dos combustíveis.
A assembleia aconteceu em Betim e contou com a participação de diversas lideranças do setor. Segundo a diretoria do Sindtanque, se em um mês a entidade não receber uma proposta satisfatória dos governos federal e estadual, aí sim pode cruzar os braços no cenário nacional.
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