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Velório rápido em Pará de Minas e com familiares de máscaras: foi assim a despedida do homem que teve a morte relacionada à varíola dos macacos

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Durou 45 minutos o velório do homem que teve a primeira morte relacionada à varíola dos macacos no Brasil. Nascido em Pará de Minas e morando em Belo Horizonte, ele tinha 41 anos e já tratava outras doenças, incluindo um câncer, o que agravou seu estado de saúde.

Como a família dele vive em Pará de Minas, no bairro São Cristovão, o corpo foi sepultado aqui, no Cemitério Santo Antônio, no final da manhã de ontem. O velório foi rápido e ao ar livre, com o caixão fechado e todos os familiares e amigos presentes fazendo uso de máscara facial.

Num primeiro momento, o Ministério da Saúde chegou a informar que o paciente era morador de Uberlândia, mas depois foi emitida uma nota corrigindo a informação.

Ainda segundo a nota, o paciente estava internado em um hospital público de Belo Horizonte, onde sofreu um choque séptico, agravado pela varíola dos macacos. De acordo com o ministério, "a causa do óbito foi o choque séptico".

Também em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais reiterou que o paciente já estava internado devido a “outras condições clínicas graves”. A mesma informação foi confirmada ao Jornal da Manhã pelo secretário municipal de Saúde, Wagner Magesty.

Ele tomou conhecimento do caso na noite de quinta-feira, logo depois da confirmação da morte do paciente, mas precisou aguardar a nota técnica do Ministério da Saúde que foi publicada ontem. Segundo Wagner, a nota técnica traz conteúdo muito semelhante ao da Covid-19.

O secretário Wagner Magesty já repassou a todo o serviço público de Pará de Minas as recomendações recebidas do Ministério da Saúde:

E como a doença é altamente transmissível, Magesty pede atenção às pessoas:

Segundo o governo de Minas, além dos casos confirmados, existem, no estado, outros 125 em investigação. Apenas em Belo Horizonte, foi registrado um caso de transmissão comunitária, ou seja, quando não há mais como identificar o local onde a pessoa foi infectada – um indício de que o vírus já circula entre as pessoas daquela localidade.

A doença também está avançando em outros estados brasileiros, por isso o Ministério da Saúde anunciou que vai comprar 50 mil doses de vacinas, que devem começar a chegar em setembro e ficarão restritas, pelo menos por enquanto, a trabalhadores de saúde e às pessoas que tiveram contato com doentes. Ainda não há previsão de vacinação em massa no país.

Especialistas classificam a varíola dos macacos como uma doença viral rara, transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa: Prefeitura Municipal de Pará de Minas






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