Produtores de hortaliças estão vivendo uma temporada de boas colheitas. Com a chegada do frio, a produção de diversos tipos de folhas e legumes se desenvolve com mais facilidade, resultando em alimentos esteticamente bonitos e bastante nutricionais.
Nos sacolões, supermercados e feiras, o setor das hortaliças também ganha mais destaque nesta época do ano com belas unidades de alface, couve, cebolinha, salsinha, couve-flor e outras.
E não apenas a beleza chama atenção dos consumidores. No lado financeiro também há vantagens já que o preço cai em virtude da alta oferta e da redução de custos no processo de produção, especialmente, em maior escala.
Segundo a nutricionista e produtora Beatriz Martins, que vende seus produtos na Feira de Hortifrutigranjeiros de Pará de Minas, o outono e o inverno, que são estações mais geladas, proporcionam as condições ideais de crescimento dos folhosos, como escassez de chuvas fortes e umidade relativa do ar mais baixa.
Além das hortaliças mais tradicionais, como alface, couve e cebolinha, Beatriz destaca que o tempo é propício a outros cultivos, caso da beterraba, repolho, rúcula e agrião.
Por causa dessa melhor produtividade, no frio os preços de venda costumam cair. Na feirinha, por exemplo, o Jornal da Manhã apurou que um pé de alface custa, em média, R$ 2,50. Na época do calor, ele chegou a R$ 5.
Mas nem tudo são flores no frio. Se as hortaliças comemoram o clima, algumas frutas e legumes não são favoráveis ao tempo gelado. É o caso do tomate e do quiabo. O produtor Antônio Donizete, que atua no ramo há quase 40 anos, falou conosco.
Como consequência desse cenário, Antônio Donizete não descarta o aumento de preço do tomate e do quiabo nas próximas semanas.