Consumidores estão assombrados com a disparada dos preços do azeite de oliva. Em vários estabelecimentos de Pará de Minas o valor médio do produto passou dos R$50,00 a embalagem de meio litro.
A escalada dos preços é nacional e já aumentou 46,5% em um ano, segundo pesquisa feita pelo IBGE. O valor é mais de dez vezes maior que a inflação acumulada no período, que foi de 4,5%.
Em agosto de 2023, o valor não passava de R$30,00. E não há perspectiva de baixa em curto prazo. De acordo com o Instituto Brasileira de Olivicultura, pelo menos até 2026 o consumidor deverá conviver com a alta.
O motivo está nas mudanças climáticas e a alta do preço não é só no Brasil, devido à terceira estiagem consecutiva na Espanha, que é a maior produtora de azeite. As oliveiras costumam sobreviver bem às mudanças de temperatura, mas o cenário dos últimos anos tem sido extremo demais para elas.
O Brasil consome cerca de 100 milhões de litros de azeite por ano, e a produção nacional não chega a 1% desse volume, ou seja, não passa de 600 mil litros. Por isso, o mercado doméstico é muito suscetível às flutuações dos preços internacionais. E tem outra situação que exige cuidado – com tanta falsificação de azeite por aí, encontrar o produto barato não é uma boa compra.
Foto Ilustrativa: Reprodução neufal54 (pixabay.com)