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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Dengue começa a gerar grande impacto no cenário econômico: número de infectados dispara

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Muitas empresas de Pará de Minas já estão sendo afetadas pelo afastamento dos funcionários acometidos pela dengue. Em uma loja da Benedito Valadares, principal centro comercial da cidade, quatro das cinco vendedoras estão de atestado médico.

Já em uma indústria do bairro São Pedro, 16 trabalhadores estão afastados desde segunda-feira. No Recanto da Lagoa, uma loja especializada na venda de roupas femininas precisou suspender o funcionamento ontem à tarde, porque a única funcionária que ainda não tinha sido acometida pelo vírus da dengue apresentou sintomas.

Estes são apenas alguns dos casos que estão sendo registrados em Pará de Minas desde o início do mês, quando aumentou o número de vítimas da dengue, que é uma das doenças causadas pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Lojistas, prestadores de serviços e industriais estão enfrentando sérios problemas causados pela ausência de funcionários. O número de atestados médicos aumentou quase 50% nos últimos dias.

E os prejuízos econômicos estão se alastrando rapidamente também pelo estado de Minas Gerais, que enfrenta a maior epidemia de sua história. De acordo com levantamento feito pela Federação das Indústrias (Fiemg), a economia mineira pode perder perto de R$6 bilhões neste ano devido à crise sanitária.

Para chegar a este número, a Fiemg considerou os custos com tratamento para a dengue e outras doenças — estimados em R$ 1,9 bilhão — e os efeitos sobre a produtividade no trabalho, de R$ 3,8 bilhões.

 O primeiro efeito é mais facilmente observado, com o custo de medicação e consultas. O segundo, que muitas vezes não é observado, é o custo de trabalho já que cada indivíduo que contrai doenças se afasta, em média, por sete dias. 

Para chegar aos quase R$ 6 bilhões de perdas na economia, o estudo leva em conta, ainda, a projeção do Ministério da Saúde considerando que o Brasil pode ter 4,2 milhões de doentes em 2024, com Minas concentrando pouco mais de um terço deles — cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Os economistas defendem maior planejamento no combate às doenças, com antecipação de ciclos através de campanhas permanentes de conscientização popular.

E o Governo de Minas atualizou o boletim das arboviroses, informando que subiu para 44 o número de mortes por dengue no estado. Esse número representa um aumento de 9 óbitos em apenas uma semana.

No mesmo intervalo, o total de casos confirmados da doença subiu para 144.139, enquanto os casos prováveis já passam de 407 mil.

Em relação à chikungunya, 26.621 ocorrências foram comprovadas até o momento, com 9 óbitos registrados. Quanto à zika, a Secretaria Estadual de Saúde registra 5 casos confirmados e nenhum óbito pela doença.

Já a situação de Pará de Minas é a seguinte: são 2.000 casos suspeitos de dengue e 107 notificações de chikungunya. Nenhum caso de zika vírus foi registrado no município até o momento.

Foto Ilustrativa: Reprodução pixabay.com






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