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Comerciantes dizem não à obra do centro de Pará de Minas: faltou confiança no projeto

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Comerciantes do centro de Pará de Minas não querem, pelo menos por agora, as obras pluviais anunciadas pela Prefeitura. O posicionamento ficou claro ontem, durante reunião de quase duas horas na sede da Associação Empresarial, a Ascipam. Convidados através de uma grande mobilização da entidade, os participantes lotaram o recinto.

A reunião foi aberta com a apresentação do projeto, orçado em R$4 milhões e detalhado pelo engenheiro Jurandyr de Faria Leitão, que faz parte da diretoria da Ascipam e já foi secretário municipal de Planejamento em gestões passadas. 
A partir das informações os lojistas passaram a fazer muitas perguntas.

Houve momentos de tensão e reclamações, sobretudo pela ausência de representantes da prefeitura. A plateia esperava pelo prefeito Elias Diniz e o secretário de Obras, José Cornélio de Oliveira, mas eles não compareceram. 
O pivô das divergências foi a insegurança sobre os resultados e a conclusão da obra. Os lojistas queriam garantias de que ela resolveria totalmente o problema das inundações, que todos os anos causam prejuízos para muitos estabelecimentos comerciais.

Eles também cobravam garantia se, de fato, a obra teria duração de quatro meses, de modo que não afetasse o Natal, que é o período de maior volume de vendas. Todos concordaram que as inundações são prejudiciais, mas foi maior o medo desta obra repetir o cenário vivido na avenida Ronaldo de Castro Alves, na entrada do bairro Recanto da Lagoa, arrastando-se por mais de um ano.

Houve quem dissesse que a obra da Benedito Valadares e ruas adjacentes cheira a projeto eleitoreiro. Também houve declarações polêmicas, de que obras públicas não são confiáveis quanto ao prazo de conclusão e nem à qualidade dos projetos. Outro ponto que gerou inquietação foi a informação de que a prefeitura já fez a licitação da obra no mês e fevereiro e tem o dinheiro em caixa, faltando apenas a ordem de serviço.

Para alguns lojistas, esta situação é bastante incômoda, afinal, a prefeitura poderia estar tratando do assunto já há vários meses e eles só tomaram conhecimento agora. Alguém chegou a sugerir mais uma reunião para que as dúvidas fossem esclarecidas mas, a esta altura, a maioria dos participantes já se mostrava impaciente e a proposta perdeu força.

Ao final, venceu o ‘não’ dado pela maioria. Os lojistas até concordam com a obra, desde que ela seja feita em uma época mais apropriada. O presidente da Ascipam, Evandro Oliveira, ficou de levar o resultado da reunião para o prefeito:

Além do ‘não’ da maioria, a reunião de ontem terminou com várias dúvidas. Ninguém sabe dizer se haverá mesmo um novo encontro, se a prefeitura vai executar a obra – já que só falta dar a ordem de serviço – ou se o assunto será esquecido. 

Certo é que a nova temporada de chuvas deve começar em novembro. O Jornal da Manhã pediu informações à Prefeitura sobre a ausência do prefeito Elias Diniz na reunião de ontem, sendo informado que ele viajou para Brasília nesta semana, onde tinha vários compromissos agendados.

Fotos: Reprodução




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