Foi lembrado ontem em todo o país o Dia da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica. Trata-se de um movimento voltado para a humanização dos tratamentos de transtornos mentais e na luta contra o preconceito para inserção dos pacientes na sociedade.
Como já era de se esperar, devido às orientações de prevenção contra a Covid-19, os eventos alusivos não aconteceram, à exceção da divulgação de materiais informativos como textos e vídeos, que foram disponibilizados nas redes sociais.
Isso fez com que o impedimento para realização de mesas de bate-papo e palestras sobre saúde mental não impedisse que os profissionais fizessem sua parte na divulgação do tema, que não pode ser esquecido.
Uma dessas profissionais é a psicóloga Marina Saraiva que reforça a importância de se combater as internações desnecessárias. Em conversa com o JM, ela chamou atenção para o fato de grande parte dos transtornos mentais ser provocada pelo ambiente ao qual os pacientes estão inseridos.
Diante disso, Marina aponta como proposta para o acompanhamento dos casos o uso adequado dos serviços substitutivos, valendo-se de equipamentos já existentes no município como o Centro de Referência me Saúde Mental (Cersam) e o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (Caps-AD).
Outra frente de trabalho da luta antimanicomial está direcionada à conscientização e adaptação da sociedade em relação à convivência com as pessoas que enfrentam transtornos mentais. Sobre isso, a psicóloga orienta:
Na cidade de Barbacena, que por muitos anos sediou o maior manicômio do Brasil, chamado até de "Holocausto Brasileiro" diversas ações são realizadas por ocasião da luta antimanicomial. Neste ano, algumas atrizes da cidade produziram um vídeo para lembrar as pessoas sobre o direito à liberdade dos pacientes, que deve ser observado e garantido. O material está disponível no YouTube no canal “Folha de Barbacena”.
Foto: Arquivo Rádio Santa Cruz FM
