Motoristas e algumas das entidades que representam o setor observam com desconfiança os testes realizados no Brasil para aumento do percentual de mistura do etanol na gasolina. A proposta é que os atuais 27,5% sejam elevados para 30%. Nesse nível, segundo as expectativas, a mudança poderia baratear o preço de combustível derivado ao petróleo no país.
A Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais se mostra entusiasmada e afirma que a possibilidade de queda no valor pago pelos motoristas se dá em função da carga tributária menor sobre o etanol, em comparação à gasolina pura.
Segundo a entidade, essa medida trará reflexos na carga tributária federal, do Pis e Cofins. Ela também aponta para a possibilidade de, dependendo das especificações do motor de cada veículo, crescer o consumo de combustível em função do aumento da mistura de etanol na gasolina.
Já o Sindicato do Comércio Varejista de Petróleo de Minas Gerais tem outra visão. Ele acredita que a gasolina poderá ficar mais cara com um índice maior de etanol, porque o anidro representa cerca de 14% do valor final da gasolina na bomba.
Outra questão levantada pelo sindicato é que o combustível vai render menos no veículo, por se tratar de uma gasolina menos pura. E diante de todo esse impasse, os motoristas ainda lidam com a insatisfação de saber que a partir de primeiro de fevereiro a conta vai ficar mais cara na hora de abastecer, por causa da alteração na alíquota do ICMS.
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