A pecuária de corte está vivendo um momento de recuperação no preço da arroba do boi gordo para abate.
Desde o início de setembro, a variação tem sido positiva, amenizando as contas de muitos produtores de Pará de Minas em meio a um ano marcado por baixas nos preços da carne.
Rodolfo Melo, pecuarista e vice-presidente do Sindicato Rural de Pará de Minas, diz que a melhora no preço da arroba na região chegou a R$ 40,00 após um longo período de quedas, cujo auge foi registrado em agosto.
Ao Jornal da Manhã, ele explicou alguns fatores que influenciaram essa mudança de cenário que traz esperança para os produtores.
Embora não haja perspectivas de novos aumentos até o final do ano, para 2024 a projeção é que a carne seja mais valorizada. De acordo com a Emater, os analistas de mercado projetam um valor de R$ 230 a R$ 240 a arroba até maio de 2024.
A melhora no preço acontece num período positivo para a pecuária, pois estamos nos aproximando das festas de fim de ano, o que aumenta a demanda pela carne bovina para as tradicionais confraternizações.
Mas será que a valorização da arroba do boi vai resultar em aumentos no preço da carne ao consumidor final? Sobre o assunto, o produtor comentou.
Segundo dados da Emater, Minas Gerais detém o 4º maior rebanho de bovinos do Brasil, com quase 23 milhões de cabeças e exporta para 59 diferentes mercados.
E agora uma curiosidade – o rebanho brasileiro alcançou novo recorde, subindo para 234 milhões de cabeças. É o maior resultado da série histórica que começou em 1974.
Na comparação com o Censo do IBGE, o rebanho bovino atual é 15,4% maior que o total de habitantes no país, cuja população é estimada em 203 milhões.
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