Produtores de citros da região de Pará de Minas devem reforçar os cuidados neste verão para não ter prejuízos com a produção.
A estação mais quente do ano traz consigo um perigo chamado “cancro cítrico”, uma praga de fácil e rápida disseminação, que resulta na queda prematura dos frutos e da restrição do comércio para áreas livres da doença.
Segundo o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o cancro cítrico se propaga através de vento, chuva, equipamentos agrícolas contaminados e até mesmo por insetos. O aparecimento é sinalizado por pequenas pústulas amarelas na parte inferior das folhas. Em estágio mais avançado ocorre a contaminação dos ramos, que em alguns dias secam e morrem.
Leonardo do Carmo, engenheiro agrônomo e chefe da Gerência de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, explica que o instituto intensificou as ações de prevenção e combate à praga, como o aumento do número de fiscalizações em áreas de produção.
A preocupação do IMA é com a facilidade e rapidez com que o cancro cítrico se propaga. Por isso, segundo o engenheiro agrônomo, os técnicos do instituto, quando visitam uma propriedade em que a produção está contaminada pela praga, ou mesmo com suspeita, têm de fazer toda a desinfecção de suas roupas e veículos antes de visitarem outra propriedade.
Outro ponto de alerta do IMA é que, atualmente, 88% da produção mineira de citros são de propriedades com menos de 10 hectares, ou seja, pequenos produtores. Daí a importância de divulgar as informações sobre a doença e as formas de prevenção, como destacou Leonardo do Carmo.
No trabalho de prevenção e combate, o IMA conta com a ajuda do produtor. Qualquer suspeita da doença deve ser notificada ao órgão, pois quanto mais cedo a praga for descoberta, maiores as chances de salvar a produção. Em Pará de Minas, o IMA está localizado nas dependências do Parque de Exposições. O telefone para contato é o 37/ 3236-3623.
