Acabou a greve sanitária dos professores da rede estadual de Minas Gerais. Duas semanas depois de o movimento ser deflagrado, aconteceu uma audiência de conciliação e com isso os trabalhadores estão retornando às atividades presenciais a partir de hoje.
O fim da paralisação ocorreu quatro dias após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinar a suspensão da greve, sob pena de multa diária de R$20 mil em caso de descumprimento.
Em nota, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute) informou que cobrou do governo a antecipação da segunda dose da vacina contra a covid-19 para todos os profissionais da área.
O coordenador da sub-sede do Sind-Ute em Pará de Minas, Rondinelli Alves, falou conosco. Ele disse que o fim da greve sanitária não significa ausência de vigilância à segurança da classe, já que o protocolo de medidas preventivas não é eficiente.
Rondinelli pede aos profissionais que não se calem diante dos prováveis casos que vão surgir:
Quanto à baixa adesão à greve, em torno de 10%, o sindicalista disse que não foi surpresa para a coordenação do movimento. Os contratados, que estão em avaliação de desempenho, ficaram com medo de perder o emprego e eles representam mais de 100 mil profissionais. No entanto, o comando de greve está satisfeito com a oportunidade que o movimento deu no reforço da consciência sobre os riscos de transmissão do vírus:
Na audiência de conciliação ficou acordado que o período de 2 a 18 de agosto não será caracterizado como falta comum, mas sim como falta greve. A reposição das aulas deverá ser feita em até 90 dias, de forma presencial.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM