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Coopará chega aos 75 anos na pior fase d a história, mas esperança continua

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A Cooperativa Mista Regional Agroindustrial dos Produtores Rurais de Pará de Minas, popularmente conhecida como Coopará, completou 75 anos. Mas, ao contrário do que poderia ser, a celebração do aniversário deu lugar ao sentimento de lamentação pelo pior momento de sua história.

Fundada em outubro de 1948 no ideal do cooperativismo, valorizando a união como forma de crescimento coletivo, a Coopará saiu do status de uma das principais cooperativas de Minas Gerais para uma indústria paralisada, vivendo atualmente apenas dos alugueis de lojas e do galpão.

A produção de itens que sempre fizeram grande sucesso junto ao consumidor, como o requeijão, doce de leite, manteiga e outros, está suspensa desde julho do ano passado, sem qualquer previsão de retorno. 

Só quem experimentou os produtos sabe o quanto eles fazem falta no dia a dia. Fernanda Silva Maia, ex-funcionária da Coopará, e o nutricionista Artur Fonseca Lima, relembraram para o Jornal da Manhã os bons momentos, saboreando as delícias derivadas do leite que eram fabricadas. Eles torcem para que a cooperativa possa se reerguer e voltar ao lugar de destaque no mercado.

Mas o caminho de volta ao sucesso não deve ser fácil, nem rápido. Segundo apurou o Jornal da Manhã junto a pessoas ligadas à direção da cooperativa, com a produção paralisada, a fonte de receita é oriunda dos alugueis de três lojas no entorno do imóvel e de parte do parque industrial, que foi arrendado pela Cooperativa dos Empresários Rurais de Onça de Pitangui (Cooperonça).

Nos últimos anos, diversos empregados entraram na Justiça após atrasos salariais e outras situações trabalhistas, elevando a dívida da Coopará para a casa dos milhões. Em assembleia com os cooperados ativos no ano passado, o débito era de R$ 10 milhões, mas não conseguimos informações sobre o valor atual.

Ainda segundo apurou nossa reportagem, a esperança da Coopará é vender o imóvel na avenida Presidente Vargas. A direção acredita que, com a venda, será possível pagar toda a dívida e ainda sobrar uma quantia para investir numa nova indústria em Pará de Minas.

No ano passado, a cooperativa recebeu uma proposta de R$ 27 milhões para venda do terreno. Embora fosse uma quantia alta, ela ainda estava abaixo da avaliação do imóvel, em torno de R$ 35 milhões. A direção continua conversando com potenciais compradores, mas não há negociação avançada até o momento.

Fotos: Amilton Maciel - Rádio Santa Cruz FM




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