Depois de apresentar o relatório das investigações sobre o Instituto Paraprev, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara Municipal, no ano passado, está reunindo toda a documentação para envio ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas de Minas Gerais e também para a Prefeitura de Pará de Minas.
A informação foi dada pelo presidente da CPI, Rodrigo Menezes, que trabalhou ao lado de dois integrantes – Cleber Gonçalves e Márcia Marzagão – além de uma assessoria jurídica especial contratada pela Câmara.
A criação da comissão é fruto de denúncias apresentadas por um grupo de servidores públicos contra a gestão do Instituto Paraprev, que é uma autarquia criada para gerir o regime próprio de Previdência Social do funcionalismo municipal.
Segundo Menezes, o trabalho da comissão mostrou três pontos críticos que estão sendo denunciados. Um deles diz respeito à elevada remuneração da diretoria. O diretor-presidente, por exemplo, tem um salário de R$10 mil, em números redondos, mas ele chega aos R$16 mil, quando somados os penduricalhos.
O outro ponto levantado pela CPI é a permanência dos integrantes nos cargos por longo tempo. E ainda está sendo questionada a contratação de advogados para atuarem no caso. O vereador Rodrigo Menezes falou ao Jornal da Manhã:
O prefeito Elias Diniz disse que só tem tomado conhecimento dos fatos através da imprensa. Ele aguarda o relatório, mas antecipa seu posicionamento de defesa sobre a conduta do Instituto Paraprev.
Quanto à permanência da diretoria pelo período de 17 anos, Elias disse que não vê nada demais, por se tratar de cargos que exigem muito conhecimento. Segundo ele, possivelmente foi esse fato que fez os prefeitos anteriores manterem os titulares nas funções:
O presidente do Instituto Paraprev, Marcos Antônio Duarte, ainda não se pronunciou sobre a conclusão dos trabalhos da CPI. Segundo informações, ele aguarda o relatório para se manifestar oficialmente.
