Aumenta a revolta dos prestadores de serviços com o projeto da acessibilidade, aprovado recentemente na Câmara de Pará de Minas. No início da semana, um cidadão pediu espaço na tribuna da Casa para manifestar seu descontentamento em relação ao texto do projeto.
Trabalhador autônomo, Leonardo Xavier Assunção não falou em defesa própria. Ele chegou a apresentar informações importantes de um levantamento feito no centro da cidade, mostrando que salões de beleza, clínicas de estética e consultórios odontológicos, por exemplo, correm o risco de fechar as portas.
Isso porque boa parte do setor de prestação de serviços em funcionamento na região central ocupa salas em prédios antigos, sem condições de adaptação à nova lei da acessibilidade.
Leonardo Assunção conversou sobre o assunto com vários profissionais e ouviu reclamações de todos eles. Ao longo da semana, a redação do Jornal da Manhã também recebeu manifestações contrárias ao projeto.
Todos reconhecem a necessidade de acesso das pessoas com deficiência às empresas, mas defendem que isso seja feito de forma cautelosa para não prejudicar os prestadores de serviços e os comerciantes em geral.
E pelo visto, o problema não está existindo apenas no centro da cidade. Vários profissionais estabelecidos nos bairros têm reclamado da fiscalização da Vigilância Sanitária, que se recusa a autorizar o alvará de funcionamento.
Um exemplo é Márcia Viegas, proprietária de uma clínica de depilação no bairro São José. Ela trabalha na atividade há 15 anos e corre o risco de fechar as portas. Emocionada, Márcia falou do problema:
O descontentamento dos comerciantes e prestadores de serviços que se enquadram no grupo grande de quem não consegue atender as exigências da lei já é de conhecimento da Câmara, que se propõe a rediscutir o texto. O projeto ainda não foi sancionado pelo prefeito Elias Diniz.
