As ações de ressocialização dos presos na Penitenciária Pio Canedo extrapolaram os muros e estão rendendo bons resultados. Um deles é a horta do presídio que está ajudando uma entidade especializada na reabilitação de dependentes químicos em Pará de Minas.
Oito detentos trabalham no cultivo de alface, almeirão, couve, repolho e acelga, e toda a produção semanal, que é de 60 quilos, é doada para a Casa de Recuperação Divina Misericórdia, também conhecida como Fazendinha.
O diretor-geral da penitenciária, Marcelo Barbosa, está satisfeito com os resultados que têm dado aos detentos a oportunidade de aprender um ofício. Ele informou que o cultivo de alimentos também está causando satisfação para os internos, diante da ocupação do tempo de maneira saudável.
Quem coordena os trabalhos na horta da Pio Canedo é o policial penal Moisés Soares, que há mais de 16 anos atua no local. Ele define a atividade como terapêutica e que contribui não só para o aprendizado de um ofício, mas também com a saúde mental daqueles que cultivam as hortaliças.
E o coordenador da Casa de Recuperação Divina Misericórdia, Cesar Alves, complementa as avaliações dizendo que as doações vindas da Pio Canedo contribuem bastante para a manutenção das atividades, já que a alimentação é saudável e variada.
Dois dos detentos que cuidam da horta também se manifestaram. Wagner Gomes Oliveira disse que está tentando aproveitar ao máximo o aprendizado para ter mais chances fora do presídio. Alisson dos Anjos declarou que sente que sua dívida com a sociedade está diminuindo nesse trabalho que contribui para o bem de outras pessoas.
Fotos: Divulgação/Sejusp