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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Dificuldade de contratação de mão de obra leva as construtoras a investir mais em tecnologia

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A construção civil de Pará de Minas vive um dilema. Se por um lado o setor tem a perspectiva de crescimento neste ano, com a execução de mais obras, especialmente nos novos loteamentos da cidade, por outro, esbarra em um problema que afeta diretamente o ritmo das construções: a falta de profissionais.

Nos últimos três levantamentos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor não conseguiu registrar saldo positivo de contratações. 

Em setembro e outubro, houve mais demissões que admissões, já em novembro, ficou no zero a zero, porém, foi o que menos contratou entre todos os setores, com 76 admissões. Os dados de dezembro ainda estão sendo contabilizados e deverão ser divulgados ainda neste mês.

Para o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Pará de Minas diferentes motivos explicam a ausência de profissionais na área, sendo um deles a remuneração. 

Segundo o presidente Joaquim Luiz de Freitas, especialmente no caso dos serventes, algumas empresas pagam somente o piso da categoria, que é de R$ 1.434. Com isso, os candidatos desistem das vagas e buscam outros mercados.

Como exemplo, Joaquim citou o grande número de trabalhadores que chegam de outros estados, caso do Norte e Nordeste. Ele também acredita que a internet, com suas várias possibilidades de fonte de renda, está mais atrativa e menos desgastante.
O Jornal da Manhã também apurou a falta de profissionais, junto aos canteiros de obras em Pará de Minas. Na rua Doutor Cândido, próximo ao Sindicato Rural, onde um prédio de nove andares está sendo erguido, o encarregado da obra, Mardem Rodrigues, confirmou a disponibilidade de vagas, acrescentando que o salário está acima do piso.

E quais serão as consequências dessa ausência de profissionais em médio e longo prazo? Conforme o sindicalista Joaquim Freitas, é cedo para fazer previsões, mas é certo que o setor terá de se adaptar aos novos cenários. 
Ele, inclusive, revela que as empresas, já cientes da falta de mão de obra, passaram a investir mais em tecnologia, dependendo menos do trabalho manual.

O que acontece em Pará de Minas é um reflexo da realidade em Minas Gerais e em boa parte do país. Em nosso estado, por exemplo, segundo dados do Caged, outubro e novembro foram meses de saldo negativo, quando a construção demitiu mais do que contratou.

No restante do país, em novembro, somente a região Nordeste terminou com saldo positivo, mas muito tímido, de apenas 0,08%. Nas demais regiões, o setor contratou menos, com destaque para o Norte e Centro-Oeste.

Fotos: Germano Santos e Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM






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