Rádio Santa Cruz - FM

PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Após Ministério Público arquivar processo, procurador da Câmara se manifesta sobre recebimento indevido de dinheiro público

Highslide JS

Envolvido na investigação de CPI aberta na Câmara Municipal para apurar o recebimento indevido de dinheiro público, o procurador Jurídico do Legislativo, Antônio Carlos Lucas, se manifestou pela primeira vez após a decisão do Ministério Público de arquivar o processo.

Antônio Carlos atua no setor jurídico da Câmara há 24 anos como contratado para cargo comissionado, ou seja, cargo de confiança. Ele e outros dois servidores tiveram suas condutas investigadas pela comissão que foi instituída no ano passado.

Entre suas atribuições como procurador estão o posicionamento sobre questões de interesse da Câmara, elaborar pareceres técnicos sobre os projetos que tramitam na Casa e dar suporte às Comissões Permanentes e Temporárias. Antônio Carlos virou alvo da CPI por ter recebido quinquênio, uma espécie de adicional por tempo de serviço, mesmo após ter se aposentado em 2019. 

Atualmente, a Emenda Constitucional 103, que entrou em vigor em 12 de novembro de 2019, não permite tal benefício, pois determina que o servidor não pode continuar no cargo que ele usou na contagem de tempo de serviço após de fato ter conseguido a aposentadoria. Ou seja, ele teria de romper o vínculo da função que ocupa.

Contudo, o procurador da Câmara alegou que a emenda entrou em vigor após ele ter se aposentado e a legislação que vigorava até então não proibia essa permanência no cargo mesmo após a aposentadoria. Ao Jornal da Manhã, ele deu mais detalhes sobre o caso.

O valor devolvido pelo procurador foi de mais de R$ 70 mil. 
Ainda na entrevista, Antônio Carlos Lucas revelou como recebeu a notícia da abertura da CPI e agradeceu o apoio de colegas e familiares. 

A CPI, instituída no ano passado, investigou o recebimento indevido de dinheiro público e a atuação da Controladoria Geral, Procuradoria e Procuradoria Adjunta neste e em todos os procedimentos internos referentes ao procurador Geral. 

O processo foi arquivado pelo Ministério Público de Minas Gerais que entendeu que a conduta não se configura “a existência de ato de improbidade administrativo, dano ao erário ou crime contra a administração”.  
O processo também foi encaminhado para análise do Tribunal de Contas de Minas Gerais, cuja decisão ainda não foi proferida. 

Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Câmara Municipal de Pará de Minas/Divulgação






RECEBA NOVIDADES

Cadastre-se e Receba no seu email as últimas novidades do mundo contábil.

Siga-nos

© Copyright - 2018 - Todos os direitos reservados - Atualizações Rádio Santa Cruz FM. Desenvolvido por:Agência Treis