A morte de um idoso, dias atrás, na cidade de Itaúna, vítima de uma picada de abelha, reascendeu o alerta em relação aos danos que o inseto vem causando. Segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, de janeiro a abril deste ano mais de 40 pessoas foram internadas no Brasil por ataques de abelhas, um aumento de 46% em relação ao mesmo período de 2022.
Em Minas Gerais, foram registrados 20 ataques, quase o dobro do registrado em todo o ano passado, quando ocorreram 11 casos. O que está causando este aumento, segundo especialistas, é o fato de que em determinados períodos as chances de contato da população com as abelhas aumentam.
A má distribuição de árvores nas cidades também acaba por concentrar as abelhas que podem estar motivando o aumento das chances de ataques. A responsável pela maioria dos ataques urbanos é a Apis Mellifera, espécie utilizada para a criação e comercialização de produtos como mel e própolis.
Um dos fatores que podem estar motivando o aumento nas cidades é a disponibilidade de locais para construção dos ninhos, já que a espécie pode instalar suas colônias em forros, muros e até nas paredes.
De acordo com a bióloga Ingrid Gomes, a ampliação do verde nas cidades pode ser uma boa saída para diminuir os ataques, além de deixar os insetos trabalharem com mais tranquilidade. Ao observar uma colmeia, a recomendação é chamar o Corpo de Bombeiros em vez de tentar destruir a colônia. E o que fazer caso você seja o alvo do enxame?
Se o ataque já estiver acontecendo, o recomendado é sair do local o mais rápido possível, pois as abelhas tendem a persistis na defesa. Após o afastamento, a retirada dos ferrões deve ser feita com a raspagem do local atingido.
Nunca esfregue ou tente retirar o ferrão com uma pinça, pois isso acaba injetando mais veneno no organismo da pessoa atingida. Outra recomendação é procurar atendimento médico imediatamente, principalmente se a vítima tiver histórico de reações alérgicas.
O Corpo de Bombeiros lembra que as abelhas são fundamentais para a polinização das flores e reprodução das plantas, daí a importância da preservação delas sem, no entanto, representar riscos para os humanos.
Foto- Rádio Santa Cruz FM/Rafael César
