Esse início de ano para avicultores, suinocultores e pecuaristas de leite não está sendo fácil. Além de lidar com os efeitos das chuvas, os produtores precisam driblar outro obstáculo, que é o alto custo da atividade.
Em entrevista ao Jornal da Manhã o presidente do Sindicato Rural de Pará de Minas, Eugênio Diniz, se mostrou muito preocupado com as dificuldades do agronegócio local e pediu união para que os produtores, principalmente os pequenos, não tenham mais prejuízos.
O principal gargalo no momento está nos preços dos insumos. As cotações de milho, soja e sorgo, por exemplo, têm registrado aumento de preços desde o ano passado, pressionando muito o orçamento de quem produz.
O milho é o que mais chama atenção. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o preço já chegou a registrar um aumento de quase 80% no segundo semestre de 2021, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
E esse movimento de alta, segundo Eugênio Diniz, inviabiliza qualquer atividade:
Apesar da afirmação do sindicalista, o setor teme que a tendência de alta do mercado interno continue nos próximos meses por causa dos efeitos climáticos em Minas Gerais - devido às fortes chuvas - e no Sul do país - referente à seca que assola aquela região.
Só como exemplo, em Minas, a Emater divulgou que a cultura do milho foi a que registrou a maior área perdida pelos temporais – mais de 37 mil hectares, o equivalente a 4% de toda a área cultivada no Estado.
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