Empenhada no enfrentamento à covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde continua tendo dificuldades com outro obstáculo relacionado à pandemia - o afastamento de servidores que atuam, principalmente, na linha de frente de combate ao vírus.
Atualmente, mais de 80 profissionais lotados na saúde municipal estão afastados de suas funções por diferentes motivos como, por exemplo, por apresentarem sintomas gripais, por causa da infecção pelo coronavírus ou diante de recomendação do Ministério da Saúde devido ao fato de serem do grupo de risco.
A preocupação com a quantidade de servidores afastados se justifica ainda pela dificuldade da secretaria em conseguir contratar novos profissionais para as vagas temporárias. Essa situação, inclusive, foi citada pelo secretário Wagner Magesty durante a reunião do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19.
Em conversa com o Jornal da Manhã, Magesty disse que os coordenadores das diferentes áreas da saúde estão fazendo o que pode para suprir as ausências, mas em alguns setores a necessidade é emergente.
Quanto à recomendação ministerial de afastamento das pessoas que fazem parte do grupo de risco para a covid-19, Magesty disse que o retorno desses profissionais ainda é motivo de polêmica entre governo federal e justiça. Ele deu como exemplo a situação das gestantes.
Wagner Magesty espera que a quantidade de servidores afastados diminua nas próximas semanas e que a rede de saúde seja reforçada com o retorno dos profissionais.
Lembrando que, recentemente, o Jornal da Manhã divulgou um levantamento mostrando o número de profissionais da saúde que atuam na linha de frente que foram infectados pelo coronavírus em Pará de Minas.
No Hospital Padre Libério, dos 77 funcionários só 10 foram diagnosticados com o vírus. Já no Hospital Nossa Senhora da Conceição, 72 profissionais foram contaminados, dos mais de 500 que prestam serviços na Instituição.
Foto: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM
