O réu Márcio Lourenço de Araújo, 50 anos, foi a júri popular nesta terça-feira (03), acusado de matar Débora Duarte Marcos, na cidade de Pequi, em dezembro de 2017. Ele estava preso há dois anos e foi absolvido.
O julgamento aconteceu no fórum de Pará de Minas. Consta nos autos e na denúncia do ministério público que o casal e a testemunha Dilermando Alves dos Santos, já falecido, estavam fazendo uso de bebidas alcoólicas, e que durante uma discussão do casal, o réu pegou uma faca e desferiu um golpe no peito da vitima.
A testemunha disse ainda que estava dormindo, mas acordou com os gritos da mulher que apresentava um ferimento no peito e estava sendo segura pelo acusado. Ela ainda conseguiu se soltar, saiu correndo, mas caiu morta a poucos metros do local do crime. O laudo médico comprovou que Débora foi morta com um golpe de faca no peito.
Na delegacia o réu confessou o crime para o delegado Douglas Valério de Barcelos, mas na frente do juiz mudou o depoimento se dizendo inocente. O corpo de jurados composto por cinco homens e duas mulheres votaram pela absolvição do réu. O promotor Renato Vasconcelos ficou surpreso com a decisão e vai decidir se vale a pena recorrer da sentença.
O advogado de defesa, José Valter Nogueira, falou de sua tese de defesa e não se mostrou surpreso com a decisão do corpo de jurados. Ele acredita que o sistema de julgamentos populares no Brasil deveria ser mudado.