A Praça Torquato de Almeida, no centro de Pará de Minas, viveu ontem uma noite muito especial, com a celebração de uma missa em ação de graças marcando os 100 anos da Casa da Cultura, que é um dos prédios mais imponentes do patrimônio histórico da cidade. A celebração antecedeu a visita guiada ao prédio, arrancando elogios das pessoas. Para celebrar esta data tão importante, a Casa da Cultura está apresentando duas exposições.
Uma delas mostra a própria história, com fotografias que registram o passar dos anos. A outra exposição homenageia Padre Libério, cuja vida é lembrada através de um acervo riquíssimo, constituído de objetos pessoais, imagens, vídeos e fotos. Nem todos sabem, mas a Casa da Cultura só nasceu muitos anos depois da inauguração do prédio, construído para abrigar o Grande Hotel de Pará de Minas. O nome, por si só, já representava a importância do investimento.
O Grande Hotel tinha 40 quartos e um grande restaurante que funcionava no segundo andar. Era um empreendimento da iniciativa privada, criado por Torquato de Almeida logo depois da inauguração da Estação Ferroviária, que funcionava na mesma praça. Acontece que quatro anos depois, devido ao baixo faturamento, o investidor fechou o hotel e vendeu o prédio ao Governo de Minas.
Anos mais tarde, por intervenção do próprio Benedito Valadares, o imóvel foi cedido à Prefeitura de Pará de Minas, permanecendo nessa condição até a década de 80, quando foi oficializada a sua doação ao município. Antes disso, no entanto, o grande prédio abrigou muitas instituições, como vai nos lembrar agora o historiador Alaércio Delfino:
E se você ainda não conhece o interior da Casa da Cultura, vale à pena fazer uma visita ao espaço. Ela fica aberta de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A equipe que trabalha no local passou por treinamento especial para recepcionar muito bem os visitantes das duas exposições que fazem parte das comemorações do centenário.
