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Caso de racismo no futebol de Pará de Minas causa muita indignação

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Um ato racista contra um jogador de futebol de Pará de Minas deixou atletas e torcedores indignados durante uma partida pelo Campeonato Municipal de Futebol Amador. O caso aconteceu no fim de semana no confronto entre os clubes Karrossel e América de Lagoa Preta, no Estádio José Maria de Castro, o Campo do São Francisco.

No final da partida  um torcedor do América se exaltou, proferindo palavras de cunho racista contra o goleiro Danilo Bokinha, do Karrossel. Apesar da situação o goleiro não quis registrar boletim de ocorrência, segundo informou o dirigente do Karrossel, Paulo Giardulo.

Mas o clube está avaliando quais as medidas deverá tomar e também pretende encaminhar um ofício à Liga Desportiva de Pará de Minas. Até lá, o Karrossel não se pronunciará oficialmente. Fato é que o caso tem repercutido muito nas redes sociais e no ambiente virtual o Karrossel publicou, em seu perfil no Instagram, uma nota de repúdio.

Na postagem o clube destaca que atos como esses são frutos de atitudes individuais e isoladas, que em nada representam a grandiosidade e a história dos clubes envolvidos. O goleiro Danilo Bokinha também usou seu perfil no Instagram para se posicionar. Num vídeo curto ele demonstrou indignação em relação ao ato sofrido e agradeceu o apoio dos amigos e torcedores.

Outros jogadores e perfis oficiais dos clubes de Pará de Minas também se posicionaram nas redes sociais e as publicações têm conseguido grande engajamento através de curtidas, compartilhamentos e comentários. Também no Instagram, o América de Lagoa Preta postou: “Infelizmente aconteceu um caso único no jogo. Uma coisa que acabou com a alegria do jogo, a comemoração após uma vitória! Um ato irresponsável de uma pessoa que infelizmente falou o que não deveria!” 

Na postagem o clube também reforçou a mensagem de igualdade: “Somos todos iguais. Cor religião e sexo, não mudam o que uma pessoa é! Respeite cada pessoa! Nunca estaremos do lado da mentira, do preconceito e da injustiça!” A Liga Desportiva de Pará de Minas ainda não recebeu nenhum comunicado oficial dos clubes sobre esse ato racista, mas tem acompanhado o assunto, inclusive com todas as informações registradas na súmula da partida. 

O presidente da Liga, Eugênio Mansur, falou conosco e deixou orientações importantes para o caso de novos ataques desse tipo ou qualquer outra violência nos eventos esportivos. 

Infelizmente o caso de racismo registrado no Campo do São Francisco não é um fato isolado no futebol. Grandes nomes do esporte, como os jogadores Tinga, Daniel Alves, Roberto Carlos e até o Neymar já sofreram ofensas racistas. Situações assim reforçam a importância da luta contra o preconceito, dentro e fora do esporte, a fim de construir uma sociedade que zele mais pelo respeito e pela igualdade. 

Fotos: Reprodução Redes Sociais e Arquivo/Rádio Santa Cruz FM







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