Empresários do setor de eventos em Pará de Minas se reuniram ontem com o prefeito Elias Diniz em busca de alternativas que possam diminuir os impactos provocados pela pandemia de covid-19.
Acompanhados do vereador Luiz Lima, eles apresentaram ao chefe do Executivo as dificuldades enfrentadas desde o início da pandemia, já que o setor foi o mais prejudicado com os protocolos de prevenção à disseminação do vírus.
Além de expor a triste realidade, os empresários pediram atenção do poder público para medidas que possam aliviar as contas, evitando que os estabelecimentos fechem as portas de vez.
Um dos participantes da reunião foi Márcio Vivald, da Vivald Espaço de Eventos, localizada no bairro Dom Bosco. Ele entende a necessidade de fechamento dos salões para evitar aglomeração de pessoas, no entanto, existe o outro lado da balança que está pesando contra os empreendimentos.
A situação das empresas ligadas ao setor de eventos em Pará de Minas reflete o que acontece em todo o país, onde o mercado fechou 2020 com um prejuízo de R$ 270 bilhões. Estima-se que cerca de 3 milhões de pessoas perderam o emprego entre março e dezembro por causa dos reflexos negativos. Em Pará de Minas não há um estudo sobre o segmento mas, segundo Vivaldi, por aqui também houve desemprego e prejuízos com a pandemia.
Com relação às reivindicações dos empresários, o vereador Luiz Lima informou que em momento algum eles pleitearam a retomada das atividades, apenas querem que a prefeitura amenize o impacto no orçamento mensal como, por exemplo, a redução ou parcelamento maior de tributos, juros e multas.
Ainda segundo o vereador, novas reuniões serão realizadas. Ele acredita ser possível encontrar uma solução viável para ambas as partes.
Participaram do encontro na prefeitura representantes do Ápice, Dila, Yeda Buffet, Vivald e Girus. Ainda não há previsão sobre quando novos encontros serão realizados. A boa notícia para os empresários é que coincidentemente ontem a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).
A proposta prevê o parcelamento de débitos de empresas do setor de eventos com o Fisco federal, além de outras medidas para compensar a perda de receita em razão da pandemia de Covid-19.
Haverá ainda alíquota zero do PIS/Pasep, da Cofins e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido por 60 meses e a extensão, até 31 de dezembro, do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que garante o pagamento, pelo governo federal, de uma parte do seguro-desemprego ao trabalhador que teve o contrato de trabalho suspenso ou reduzido. Com a aprovação, o texto será enviado ao Senado para apreciação.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
