A contratação de empréstimos deixou de ser prioridade para os consumidores na hora de pagar as contas.
Segundo dados do Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito, da Serasa Experian, a procura por crédito diminuiu 12% de janeiro a julho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Quando se analisa os últimos 12 meses, ou seja, de julho a julho, a queda é ainda mais expressiva, de 14%.
A Serasa informou que esses números são obtidos através de um acompanhamento mensal de consultas para concessão de crédito relacionadas aos CPF’s. Nenhum estado registrou crescimento na busca de crédito por consumidores.
O Jornal da Manhã conversou com o economista Eduardo Leite sobre o assunto e ele declarou que esse cenário já era esperado, por se tratar de um reflexo das altas taxas da Selic. Com os juros mais altos, o empréstimo fica mais caro e os consumidores não querem bancar esta despesa.
Eduardo Leite acredita que a procura pelos empréstimos voltará a aquecer a partir da redução das taxas de juros. Mas para que este movimento aconteça, será preciso mais equilíbrio nas contas públicas.
Embora seja vinculado a dívidas, o empréstimo é considerado um termômetro da economia. Sem crédito o consumo das famílias cai, gerando um efeito cascata para as empresas e os governos.
No entanto, antes da contratação o cidadão deve se cercar de cuidados e muito conhecimento. Entre as recomendações estão a necessidade de avaliação do crédito, cuidado com os golpes na internet, planejamento de acordo com o orçamento, atenção nas condições do contrato e não atrasar o pagamento das parcelas.
Foto: Ronni Anderson - Rádio Santa Cruz FM
