O Procon de Pará de Minas colocou fim nas especulações em torno das denúncias contra uma igreja evangélica local. Segundo se falou nas redes sociais, a igreja instalada no bairro Nossa Senhora de Lourdes receberia notificação do órgão devido à propaganda enganosa. Mas o procurador jurídico do município, Hernando Fernandes da Silva, desmente o fato.
Segundo ele, nenhuma irregularidade foi detectada na cidade, independentemente do credo religioso. Hernando esclareceu que a situação real é bem diferente do que as pessoas têm comentado. Na verdade, houve uma notificação do Procon nacional sobre a publicidade veiculada pelo YouTube a respeito de uma semente que teria propriedades terapêuticas.
A publicidade foi feita no feriado de 1º de maio, pelo pastor Valdemiro Santiago. Segundo ele, a tal semente não tem propriedades terapêuticas e medicinais comprovadas cientificamente, mas existem vários testemunhos sobre a sua eficácia, inclusive em doenças respiratórias graves. O pastor anunciou a venda da tal semente por preços que variam entre R$100,00 e R$1.000,00.
Ao tomar conhecimento do assunto o Procon nacional reagiu, divulgando nota e solicitando que os órgãos de defesa do consumidor estaduais e municipais também fizessem divulgação da mesma. Segundo a nota, o Procon considera a publicidade abusiva por se basear em depoimentos de supostos consumidores que oferecem relatos sobre a cura encontrada para inúmeros problemas de saúde.
Ainda segundo o Procon, com tal propaganda o pastor se aproveitou da fraqueza e ignorância de muitos consumidores, que estão passando por problemas semelhantes. O órgão teme que eles acreditem em propriedade que a semente não tem e abandonem o tratamento convencional em busca de solução alternativa.
Diante das especulações em Pará de Minas, o procurador jurídico Hernando Fernandes falou ao Jornal da Manhã, deixando claro que as denúncias pesam apenas contra o referido pastor. Não há nada contra o comportamento dos administradores da igreja evangélica local:
A direção nacional da igreja evangélica já se posicionou contra a notificação do Procon negando que a tal semente, que se parece com feijão, seja uma promessa de cura. Na nota, os dirigentes também alegaram que a oferta da semente seria gratuita e sem qualquer correlação com venda de quaisquer espécies.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
