Uma possível infestação de caramujos africanos em Divinópolis ascendeu o sinal de alerta da população de Pará de Minas. Embora pareçam inofensivos num primeiro momento, esses moluscos podem transmitir doenças graves aos seres humanos.
Na cidade divinopolitana, a Vigilância em Saúde Ambiental fez um alerta aos moradores após o surgimento de caramujos em diferentes bairros. O objetivo foi instruir a população sobre a forma correta de coletar o animal para evitar contaminações.
O caramujo africano, também conhecido em algumas regiões como caramujo gigante, pode pesar 200 gramas e medir cerca de 10 centímetros de comprimento e 20 de altura. Ele não tem predadores naturais e se adapta bem a diferentes ambientes, sendo hoje encontrado em 23 estados.
Em Pará de Minas, de acordo com o biólogo Gustavo Rios, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), não há registro de infestação, apenas ocorrências pontuais. Ainda assim, o especialista frisou a importância de abordar o assunto tendo em vista o elevado risco que o molusco representa:
Além de não ter predador natural e se adaptar aos ambientes, outro fator explica a forte presença dele no país. O caramujo africano tem alta capacidade de reprodução. Em apenas um ano, ele é capaz de dar origem a cerca de 300 crias. Gustavo Rios orienta sobre os locais preferidos deles dentro dos imóveis.
Se você encontrar esse caramujo em casa ou no trabalho, a primeira orientação do CCZ é fazer o recolhimento com proteção. Utilize luvas ou sacolas plásticas, colocando-o em uma lata ou recipiente seguro. Jogar sal no molusco, prática usada em outras épocas, não é recomendado, pois pode não ser tão eficiente.
Para solicitar o serviço do CCZ, o cidadão pode entrar em contato direto com o órgão pelo telefone 37/ 3231-7817, ou através do aplicativo da Prefeitura de Pará de Minas, na aba “Infestação de Animais”.