O mundo celebra hoje o Dia Internacional da Mulher. Oficialmente, a data foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, mas o movimento em torno da data é mais antigo, com lutas e manifestações desde o começo do século passado através da classe operária.
Os primeiros registros são de 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo a redução das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Outro evento histórico foi uma greve de mulheres russas, em meio à guerra em 1917, quando elas exigiram "pão e paz".
Embora seja considerado por muitos como um dia de homenagens, o Dia Internacional da Mulher é bem mais que isso, pois celebra conquistas sociais, econômicas, culturais e políticas, além de colocar em evidência a luta constante pela igualdade.
Neste ano, o tema da campanha global é “Abrace a Equidade”, cuja proposta é incentivar discussões sobre “por que a igualdade de oportunidades não é suficiente?” ou “por que a igualdade nem sempre é justa?”.
E para falar sobre esse tema, o Jornal da Manhã conversou com mulheres que são referência em três áreas, cuja equidade entre os homens e o público feminino ainda está distante: política, empresarial e esportiva.
A primeira entrevistada é a vereadora Irene Melo Franco, única mulher entre os 17 vereadores da Câmara Municipal. Irene é casada, tem dois filhos e está licenciada de sua função como servidora pública. Ela também já foi vereadora por 8 anos em Pitangui e é categórica ao dizer que o cenário político é machista:
Perguntada sobre outras dificuldades e desafios enfrentados por uma mulher na política, Irene citou a rotina e a necessidade de uma estrutura mais segura e eficiente:
Já para falar sobre a área empresarial, o JM entrevistou a advogada e empresária Juliana Lemos Faria Gabriel, diretora da Agroger e da Cogran. Além da atuação profissional, ela também concilia seu tempo como esposa, mãe de dois filhos e dona de casa.
Ao lado da irmã, Karine Xavier, Juliana administra o empreendimento fundado pelo pai Geraldo Xavier e precisou superar muitos preconceitos contra uma mulher gestora no agronegócio:
Na área esportiva, o JM conversou com Tânia Maria Mendonça, profissional de educação física há 14 anos e coordenadora de esportes do clube Praça de Esportes do Pará.
Tânia trabalha com mais de 300 crianças e adolescentes, a maioria do sexo masculino. Ela considera a falta de incentivo às meninas um obstáculo para a maior presença delas no esporte, tanto entre atletas quanto treinadoras:
Irene, Juliana e Tânia são alguns dos exemplos de mulheres que provaram ser possível ocupar cargos em áreas com maior presença dos homens. E elas esperam que essa inclusão seja constante e abrangente, fazendo com que a equidade entre os gêneros se torne uma realidade em todas as suas formas.
