Em um ano marcado pela desvalorização do real frente ao dólar e por mais problemas na economia nacional em virtude da pandemia de covid-19, a inflação fechou 2021 em 10,06%, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE.
Trata-se do maior resultado dos últimos seis anos. Na comparação com 2020, quando o indicador registrou 4,52%, a diferença é ainda mais significativa, com alta superior a 120%, e também muito além da meta estipulada para o ano, que era de 3,5%, com teto em 5%.
O economista Eduardo de Almeida Leite afirma que a alta expressiva na inflação já era esperada pelo mercado diante dos acontecimentos em 2021, tanto no cenário internacional quanto nas medidas tomadas pelo governo federal.
Usando o combustível como principal exemplo, ele citou os principais fatores para esse crescimento.
Para este ano, a previsão do mercado financeiro, segundo o Banco Central, é que a inflação diminua e chegue aos 5,03%. Eduardo Leite também vê essa perspectiva de queda, mas acredita que controlar o IPCA será o maior desafio para o governo e as famílias brasileiras.
Como dica para fazer o dinheiro do consumidor render mais, Eduardo Leite recomenda a boa e velha pesquisa de preços, que pode ser fundamental no orçamento do mês.
Eduardo Leite lembra ainda que, além da pandemia e outras situações de mercado, a economia deverá ser influenciada pelo período eleitoral, já que em outubro serão definidos presidente, governadores, senadores e deputados.