Motoristas de aplicativos estão revoltados com a concorrência desleal em Pará de Minas. De acordo com a categoria, além de prejudicar o faturamento dos legalizados, eles ainda desrespeitam os profissionais. Segundo denúncias, as áreas onde eles mais atuam são o Terminal Rodoviário e o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), no bairro Senador Valadares.
Nesses locais eles oferecem o serviço abertamente, sem demonstrar qualquer receio. Chama atenção, principalmente, a clandestinidade no Terminal Rodoviário, que é onde funciona a sede administrativa da Guarda Municipal.
O Jornal da Manhã foi procurado por dois profissionais legalizados, Bruno Artur e Daerson Francisco, que são representantes da Paracar. Muito revoltados com a situação, eles se sentem até humilhados diante do deboche dos infratores:
Trabalhar legalizado em Pará de Minas exige autorização de um dono de aplicativo para entrar no ramo, ou seja, se estão acontecendo corridas ilegais é porque alguém permitiu essa condição. Bruno Artur conta uma situação que testemunhou.
Os condutores recomendam os passageiros que tomem cuidado ao perceber os motoristas clandestinos trafegando pela cidade. E informam que uma das exigências do aplicativo Paracar para a regularização é o atestado de antecedentes criminais.
A fiscalização feita pela prefeitura, segundo os motoristas, acontece a cada seis meses, onde são monitorados diversos itens de segurança do veiculo. A reivindicação deles é que os fiscais sejam mais atuantes:
Em resposta, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, através de seu titular Dimitri Gonçalves, informou que a responsabilidade da fiscalização é do Setor de Trânsito, da Guarda Municipal e da Polícia Militar, através de blitz:
Ele relatou também uma dificuldade enorme com relação à fiscalização, já que os olheiros, percebendo a realização das blitz, repassam informações através de mensagens instantâneas, evitando assim uma fiscalização efetiva dos infratores.
O secretário também alerta a população para os riscos da segurança, cobertura em casos de acidente e integridade física de quem utiliza esse tipo de transporte.
Para diferenciar um motorista credenciado do clandestino é só identificar o selo no automóvel com identificação de vistoria. A pena para o infrator é uma multa no ato do flagrante, no valor de R$ 293,47, e remoção do veículo para um pátio credenciado.