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Clima continua tenso em Brasília: várias medidas foram anunciadas em represália aos manifestantes

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O Brasil assistiu ontem a invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso e do STF. O movimento bolsonarista, que ocorre há semanas em Brasília, foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana.

Apesar disso, a PM do Distrito Federal mantinha poucos homens no local e não conseguiu frear os terroristas. Depois da quebradeira, o presidente Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança de Brasília.

O número de pessoas presas em Brasília já subiu para 1.500. Mais de 80 ônibus foram apreendidos e os financiadores dos manifestantes já foram identificados. Com base em outros dados, novos pedidos de prisão preventiva podem ser feitos.

Entre outras medidas para apuração dos infratores, a Polícia Federal vai analisar listas de hóspedes em hotéis e pousadas de Brasília, buscar imagens de câmeras de segurança e dados de geolocalização dos golpistas, além de mapear os donos, passageiros e financiadores dos ônibus que transportaram os manifestantes.

Também foi determinada a análise de imagens dos saguões dos hotéis e de todas as imagens das câmeras do Distrito Federal que possam auxiliar no reconhecimento facial dos terroristas. 

As empresas de telecomunicações terão que armazenar por três meses os registros de conexão suficientes para a definição ou identificação de geolocalização dos usuários.

A ideia é monitorar os passos dos golpistas que caminharam no trajeto entre o Quartel-General do Exército, onde um acampamento de bolsonaristas está montado há mais de um mês, e a Praça dos Três Poderes. A partir dessas informações e do que for colhido durante as perícias criminais, os policiais vão tentar identificar todas as pessoas que participaram dos ataques às instituições.

Também foi determinado a plataformas como Instagram, Twitter, Facebook e Tik Tok, que removam conteúdos que promovam atos antidemocráticos e a suspensão imediata da monetização dessas contas. 

Os invasores que cometeram diversos os crimes podem pegar, se somadas as penas, mais de 15 anos de prisão em regime fechado, segundo professores de Direito Penal.

Segundo os criminalistas, eles podem ser enquadrados em crimes contra as instituições democráticas, de associação criminosa e danos ao patrimônio público. Já existem imagens mostrando obras de arte de valor inestimável, como um quadro que seria de Di Cavalcanti, destruídas ou danificadas.

Ainda segundo os especialistas, aqueles que forneceram meios materiais, dinheiro, logística e ônibus, se for identificado que houve contribuição causal, serão responsabilizados pelos mesmos delitos.

A exoneração do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, já foi publicada no Diário Oficial. Também foi determinada na madrugada de hoje o afastamento do governador Ibaneis Rocha Junior por 90 dias. O cargo deve ser assumido pela vice, Celina Leão.

Parlamentares começam a se articular para protocolar pedidos de CPI no Senado e na Câmara Federal.

O presidente nacional do PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, se manifestou sobre os ataques. Valdemar Costa Neto disse que foi um dia triste no Brasil, que não representa nem o partido e nem Bolsonaro. “Não apoiamos esses movimentos”, concluiu ele.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que continua nos Estados Unidos, publicou em sua conta no Twiter a insatisfação pelo vandalismo. Disse que os ataques de ontem não o representam.

Foto: Reprodução/Redes Sociais







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