A bola rolou na Austrália hoje, com a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol feminino jogando contra o Panamá, pelo grupo F. As brasileiras deram um show no gramado, vencendo por 4x0.
Com uma seleção mesclada por jogadoras experientes em Copas do Mundo e 11 novatas, o Brasil vai tentar desbancar a hegemonia dos Estados Unidos, que venceram as duas últimas edições, na expectativa de conquistar o primeiro título Mundial.
Passando por uma mudança de gerações, a maior esperança da seleção continua sendo no talento de Marta, a maior goleadora da história das Copas do Mundo, tanto de homens quanto de mulheres, com 17 gols marcados. Esta será a última Copa da rainha e a esperança é de ser a mais especial.
Mesmo a competição sendo disputada do outro lado do planeta e não tendo o mesmo apelo do masculino, espera-se por um impacto positivo no esporte em todo o mundo, especialmente em Pará de Minas.
Diante da maior visibilidade do torneio neste ano, com transmissão de mais partidas na TV e na internet, jogadoras, treinadoras e outras pessoas envolvidas no futebol feminino acreditam que a modalidade ganhará mais força, atraindo até mais investimentos.
É a esperança de Larissa Gabriela Silva, de 21 anos, jogadora do Charuri aqui em Pará de Minas. Apaixonada pelo futebol, ela percebe que a adesão à modalidade feminina ainda tem muito preconceito, o que impede mulheres de praticarem.
Para Larissa, a Copa do Mundo tem grande potencial de fortalecer o esporte, mas ela espera que esse boom não seja temporário e que as pessoas enxerguem no futebol feminino o mesmo potencial do masculino.
Questionada sobre como está o futebol feminino em Pará de Minas, Larissa disse que este tem sido o melhor ano, mas precisa de mais investimentos nas categorias de base.
Ainda não dá pra dizer se o Brasil vai levantar o caneco na Copa do Mundo, mas o país já tem motivos para comemorar. Pela primeira vez, as jogadoras participantes terão premiação individual mínima garantida. O valor varia entre R$ 147 mil, para quem cair na primeira fase, até mais de R$ 1 milhão para as atletas campeãs.
Com as transmissões via streaming e na televisão, o alcance do futebol feminino também aumentará, o que deve mobilizar novos públicos. Além disso, haverá horários diferenciados nos dias de jogo do Brasil nas repartições públicas federais e estaduais, algo comum na Copa do Mundo masculina, mas inédita para a modalidade feminina.
Depois da partida de hoje, a seleção enfrentará a França, no sábado, às 7h, e fechará a primeira fase contra a Jamaica, no dia 2 de agosto, também às 7h.
Foto: Reprodução Arquivo Pessoal