Se alguém perguntasse, há alguns meses, qual o crime mais praticado em Minas Gerais, tanto a polícia como a população responderia que é o roubo. Mas isso é coisa do passado. Com dados recolhidos em todos os municípios mineiros, a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirma que o ranking da criminalidade está sendo liderado pelo estelionato.
É o golpe do motoboy, da invasão de contas de Instagram, golpe pelo WhatsApp e uma infinidade de modalidades mostrando que a criatividade dos criminosos não tem limite. Com tanta variedade de golpes o estelionato se consolidou mesmo como o crime mais comum em Minas Gerais e esta situação está aí pra todo mundo ver.
Aqui em Pará de Minas, por exemplo, as polícias Civil e Militar, além do Procon, também registram casos diariamente, sem falar nas inúmeras tentativas que vem acontecendo. Já em se tratando do estado de Minas Gerais, a média diária desse tipo de crime já chega a 333 casos. Para cada roubo praticado em Minas, acontecem ao menos quatro crimes de estelionato.
A virada aconteceu em 2020, no auge da pandemia, quando o uso da internet foi ampliado devido às restrições de circulação. Os crimes cibernéticos são responsáveis por uma pilha incontável de inquéritos. E a polícia alerta: a cada dia temos um novo golpe que, por menos sofisticado que seja, envolve um tipo de engenharia social que engana muita gente.
Um dos mais recentes em Minas é o golpe do IPTU falso, onde o site de algumas prefeituras mineiras foi clonado. Assim, quem buscava informações era direcionado para uma página onde o estelionatário conseguia copiar a guia do imposto e apenas alterava o código de barras. Na hora do pagamento, o dinheiro caía na conta do bandido. Tem outra informação que as pessoas precisam levar em conta.
É que diferentemente do roubo, o estelionato não conhece limites físicos, por isso ele chega de diferentes regiões, inclusive fora do país. Mas a polícia já apurou que a maioria dos casos vem de estelionatários que agem longe de seus domicílios e a forma de agir é orientada por hackers experientes. Portanto, o consumidor deve sempre tem um pé atrás ao lidar com algumas informações que aparecem na internet. No mundo virtual a palavra de ordem é: “desconfie”.
