A queda do preço do petróleo tornou a gasolina vendida no Brasil 6% mais cara que no mercado internacional. O último reajuste dela nas refinarias da Petrobras foi há 90 dias, quando a estatal reduziu o preço em 4%, o equivalente a R$0,12 por litro.
O aumento complicou ainda mais a situação do trabalhador que depende do combustível no dia a dia. Ficar sem transitar ninguém pode, daí a busca de alternativas capazes de evitar o estrangulamento total do orçamento familiar.
A saída que muitos estão encontrando é fracionar ainda mais o volume de combustível na hora de abastecer. É uma situação que já acontece nos supermercados, açougues, sacolões e nas padarias.
Cada vez mais o consumidor leva menos produtos para casa, diante do bolso quase vazio. Nos postos, além das reclamações diárias, os frentistas têm acompanhado de perto a dificuldade dos clientes para colocar combustível no tanque.
Longe os tempos em que eles enchiam os tanques com facilidade. A palavra de ordem hoje é economizar. O Jornal da Manhã conversou com atendentes dos postos de Pará de Minas e eles retrataram bem a nossa realidade.
Já os preços do etanol hidratado caíram em 15 estados, subiram em outros sete e ficaram estáveis em quatro. A redução média foi menor que 1%. A pesquisa também mostrou que o etanol está mais competitivo em relação à gasolina em dez estados, entre eles Minas Gerais.
No caso do diesel a situação é mais complicada, inclusive o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados do Petróleo em Minas (SindTanque) alertou que pode acontecer uma paralisação em resposta à reoneração do diesel, ocorrida em 1º de janeiro.
O SindTanque alega que a movimentação é nacional, porque os transportadores têm travado verdadeiras batalhas para se manter rodando. No entanto, diante da intransigência dos governos estaduais e federal, a categoria deve se unir em torno de uma greve.
Foto Ilustrativa: Renato Fernandes - Rádio Santa Cruz FM
