A decisão do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Pará de Minas de manter o município no programa Minas Consciente, forçando o adiamento das aulas presenciais, dividiu opiniões. De um lado estão os profissionais e familiares dos estudantes que defendem a volta imediata, para evitar mais perdas no ano letivo, já que o ensino on-line apresenta deficiências.
Mas na outra ponta aparecem aqueles que têm medo da disseminação mais fácil do coronavírus. Permanecendo no Minas Consciente o município acompanhará as determinações da chamada Onda Amarela e ela não permite as aulas presenciais. O mapeamento é atualizado semanalmente. Já nos municípios enquadrados na Onda Verde, a volta às aulas pode acontecer ainda hoje, mas as polêmicas em torno da liberação estão por todo lado e já chegaram, inclusive, na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.
A deputada Beatriz Cerqueira, que é a presidente da Comissão, alertou que muitas escolas não vão conseguir cumprir o que prevê o protocolo, por falta de dinheiro e de equipamentos básicos, problema já presente antes da pandemia. Segundo ela, a realidade do ensino público é das mais difíceis. Beatriz citou, por exemplo, que quase mil escolas mineiras não têm refeitório.
Os alunos comem pelos corredores, sentados no chão e no banquinho. A Secretaria de Estado de Educação respondeu a deputada dizendo que antes do retorno dos estudantes será aplicado nas escolas um checklist do protocolo sanitário para reforçar a segurança de servidores, alunos e comunidades escolares.
Até o dia 9 de outubro, as superintendências regionais de ensino terão 100% de um checklist assinado por todos os diretores da rede e validados pelos inspetores escolares. O procedimento tem o objetivo de verificar questões como a disponibilidade de álcool, sabonete líquido e máscaras, assim como a organização da escala de estudantes, considerando os parâmetros de distanciamento. A secretaria ressalta também que as escolas receberam recursos de manutenção e custeio que poderão ser utilizados na aplicação de medidas do protocolo sanitário.
Foto: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação
