O piso salarial da enfermagem continua suspenso. A votação do Supremo Tribunal Federal terminou com um placar de 7 a 4, concedendo prazo de 60 dias para que os envolvidos na questão possam encontrar soluções para garantir o pagamento.
A polêmica se arrasta desde a liminar concedida em favor da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços. A entidade assegurou que hospitais públicos e particulares, assim como os municípios, não têm condições de arcar com o impacto das despesas.
A lei que instituiu o piso salarial nacional da categoria prevê salário de R$4.750,00 para enfermeiros, 70% desse valor para os técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares e parteiras.
A categoria mantém os protestos pacíficos no país e tem recebido apoio de várias entidades. Aqui em Pará de Minas, por exemplo, a defesa da enfermagem junto ao poder público chegou com uma manifestação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, que encaminhou ofício à prefeitura.A presidente do sindicato, Tânia Valeriano Chaves Leite, chama atenção para a importância do piso, sobretudo para os auxiliares e técnicos de enfermagem:
Tânia acredita que mais de duzentos profissionais efetivados no município serão beneficiados pelo piso da categoria. E quanto ao impasse sobre a fonte dos recursos para custeio do piso, ela entende que não haverá dificuldade dos governos. Em sua opinião, o que falta mesmo é interesse, já que a medida visa melhorar as condições de vida dos trabalhadores.
No congresso nacional já existem várias manifestações sobre a necessidade de agilização das discussões em torno da fonte de custeio do novo piso nacional da enfermagem.
