Deu de tudo na assembleia extraordinária da Irmandade do Hospital Nossa Senhora da Conceição – acusações, bate-boca, palavras de baixo calão e até mesmo um telefonema para a 19ª Cia da PM, convocando militares a comparecer. O pivô das divergências foi o caminho encontrado pelo Conselho Superior para validar a nomeação do novo provedor do hospital de Pará de Minas.
Depois de três tentativas frustradas, já que ninguém se candidatou, o Conselho Superior convidou o empresário Paulo Duarte para ocupar o cargo. Houve algumas contestações pelo fato dele ter menos de dois anos na Irmandade, mas os conselheiros encontraram brecha no estatuto de modo que o nome dele somente precisaria de aprovação na assembleia.
O grupo contrário chegou a trabalhar por outro nome – o de Maurício Jardim – mas ele desistiu em poucos minutos, assim o único candidato apresentado pelo Conselho Superior continuou sendo Paulo Duarte. O vereador Carlinhos do Queijo, que faz parte da Irmandade do Hospital, tentou impedir a votação acionando o 190 da Polícia Militar, sendo informado que a corporação não tem autorização para se intrometer nesses casos.
E depois de mais de duas horas de discussão, num ambiente muito tenso, a grande maioria dos presentes votou favorável à quebra do estatuto, confirmando o nome de Paulo Duarte como provedor. A assembleia também aprovou a prorrogação do mandato interino dele que, ao invés do próximo dia 31 de dezembro, passa a ser 31 de março de 2021.
Paulo Duarte evitou polêmica e focou a primeira declaração apenas na disposição de ajudar a entidade, já que o cargo é voluntário. E deixou claro que só aceitou o convite do Conselho Superior porque ninguém se apresentou oficialmente nas assembleias anteriores. Sem provedor o Hospital Nossa Senhora da Conceição não funciona, já que depende de assinaturas para comprar e pagar, além das decisões do dia a dia.
