Os incêndios registrados em Minas Gerais neste ano atingiram proporção tão grande que já assustam até mesmo quem tem experiência na área, caso do Corpo de Bombeiros.
Já foram contabilizados nove mil focos e o mais triste da história é que 90% desse dano ambiental é causado por ação humana e grande parte tem origem criminosa. Mas apesar da ação ser considerada um delito, a dificuldade para se punir os culpados ainda é muito grande.
E os prejuízos vão se alastrando na mesma proporção do fogo, causando danos irreversíveis para a natureza. Os problemas também são sentidos por empresas como a Cemig, que já registrou muitas ocorrências decorrentes da suspensão de energia elétrica nas áreas atingidas.
A situação é tão grave que levou a Cemig a fortalecer a campanha de conscientização das pessoas. Segundo o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho, João José Magalhães Soares, municípios e comunidades rurais estão sofrendo muitas perdas.
A vegetação mais seca e a baixa umidade, que são características dessa época do ano, têm favorecido as queimadas. Com isso, as ações preventivas da Cemig também sofrem perdas, como informou João Soares:
E falando ainda sobre a Cemig, está confirmado que a empresa deverá ser ressarcida pelo governo federal em cerca de R$ 6 bilhões. Desse valor, pelo menos R$4 bilhões serão devolvidos aos consumidores mineiros.O ressarcimento será referente a cobranças indevidas de impostos federais nas contas de luz, desde 2003.
Os valores e as formas de devolução estão sendo debatidos na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).O órgão promete realizar nos próximos dias uma consulta pública sobre o assunto, mas o mais provável é que a devolução aconteça mesmo por meio de descontos nas faturas da clientela.
Todas as companhias de energia do país, assim como seus clientes, também terão direito a devolução dos impostos indevidos. Ao todo, o governo federal vai pagar uma conta alta – cerca de R$50 bilhões.
Foto: Cemig/Divulgação
