Não é à toa que o comércio lojista está se queixando do movimento fraco nesse início de ano. A exceção de alguns segmentos, que faturam mais nesta época – caso das papelarias – as vendas estão baixas.
O desaparecimento do consumidor não aconteceu só em Pará de Minas e pode ser explicado com o resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, que foi realizada pela Confederação Nacional do Comércio.
O Brasil está com recorde de famílias endividadas – sete em cada dez estão com alguma conta atrasada. Esse percentual é o maior da série histórica do estudo. O aumento do endividamento cresceu a partir de maio de 2021.
Foi justamente nesse período em que boa parte das cidades brasileiras flexibilizou as atividades comerciais por conta da pandemia. Com a reabertura, o consumo cresceu.
E não há perspectiva de melhora do cenário, pelo menos por hora. É que as famílias estão enfrentando, neste início de ano, as mesmas dificuldades do ano passado, sendo a inflação alta a principal delas.
Outro aspecto que causa entrave no cenário é a fragilidade do mercado de trabalho, já que as vagas formais oferecidas estão concentradas em áreas de baixa remuneração. A desproporção entre a renda pequena e o alto custo de vida causam danos enormes na sobrevivência das famílias, forçando o atraso das contas.
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