Os consumidores andam muito desiludidos com os preços dos ovos de Páscoa e aqueles que não vão abrir mão estão levantando preços dos menores que, apesar do tamanho discreto, continuam com valores gigantes.
Todo ano é a mesma coisa – as pessoas questionam o motivo dos ovos de chocolate serem tão caros e como o poder aquisitivo da massa trabalhadora diminuiu consideravelmente, eles estão cada vez mais distantes.
Tanto a indústria como o varejo tenta explicar o fato, começando pelo processo de produção de alta complexidade, sem falar nos custos da embalagem, armazenagem e da logística. E na questão da embalagem, por exemplo, o que mais encarece é o fato de ser um processo manual devido à fragilidade do produto. O armazenamento também é diferenciado e o mesmo se pode dizer a respeito do transporte.
Também pesa na conta a necessidade das empresas contratarem profissionais temporários, geralmente por um prazo de quatro a seis meses. Somando esses fatores aos custos do chocolate e do cacau – que também subiram de preço – os ovos de Páscoa estão até 40% mais caros em relação ao ano passado.
Apesar disso, os fabricantes mantém o otimismo estimando um aumento de 5% nas vendas em relação a 2021, o que elevaria as vendas para 10 mil toneladas. Mas na outra ponta, caso dos varejistas, a cautela está prevalecendo.
Nos supermercados, por exemplo, as parreiras de ovos estão menores, ao passo que a oferta de bombons e chocolates em caixas ou pequenas barras cresceu. E esta deve ser a tendência da Páscoa deste ano.
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